Finalmente conheci o Mercado Municipal de São Paulo. Adorei, é claro. O entorno não é dos melhores. Instalado no Centro da cidade, o Mercadão é rodeado pela famosa Rua 25 de Março e suas ramificações super populosas de ambulantes, vendedores, clientes, mendigos e policiais.
Dá certa aflição passar por tanta gente, ter que desviar de pessoas dormindo no meio da calçada, encarar um cheiro estranho de fruta estragada e ainda tomar conta da bolsa com sete mãos para nenhum fdp tentar roubá-la. Amo São Paulo, mas infelizmente foi exatamente essa sensação que tive.
Quando entrei de fato no Mercadão senti alívio, e depois, êxtase. Que lugar lindo! Quanta fruta, quanta cor! Pra quem gosta de cozinhar, e de comer, definitivamente um prato cheio. Ah, mas tem que estar também com o bolso preparado. É difícil encontrar produtos baratos, mas o alto custo é justificado pela qualidade.
Logo de cara barracas com frutas gigantes, importadas dos States. Devem ser todas transgênicas, mas são lindas. Um passo ao lado e todo tipo de queijo e embutido. Nacionais, importados, artesanais. Logo ali, frutas secas, temperos, especiarias do mundo todo. Uma fava de baunilha por 12 reais. Doze reais! Linda e enorme. Comprei duas, só pra fazer um bolo divino, melhor, dois bolos divinos.
Na parte de carnes e peixes tudo nos conformes. Uma beleza de feira. “Feira de rico”, como bem lembrou meu irmão. O pior é que é verdade. Mas também não é tudo tão absurdo, dá pra aproveitar e comprar ótimos ingredientes por um preço razoável.
Quando comecei a avistar as barracas de bacalhau me veio à cabeça Jackson do Pandeiro. “É samba que eles querem, eu tenho/É samba que eles querem, lá vai/É samba que eles querem, eu caaanto/É samba que eles querem”e bacalhau? (eu vivo com piadinhas infames na cabeça, é inevitável, sorry!) Se nêgo não encontrar o bacalhau ideal por ali, não encontra em nenhum lugar. Só filé! (se eu gostasse de pagode baiano, certamente me viria alguma música na cabeça =P) Enfim, o lugar é divino.
No mezanino, vários botecos. A menina dos olhos: sanduíche de mortadela. Mas tem muito mais por lá, bolinhos, pastéis, outros sanduíches, tudo de primeira. À altura dos olhos, belos vitrais de Conrado Sorgenicht Filho (gracias, google!), lá embaixo, a miscelânea de barracas, comida e gente. Um encanto. Um excelente programa para quem vai à Paulicéia. (quem não gosta de clichê deve estar me odiando, mas a dica vale a pena, acredite rsrs).
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