Não tenho abastecido minha despensa com ingredientes muito
variados. Como quase não faço comida durante a semana, acabo não comprando
produtos que componham uma refeição completa, com arroz, feijão, carne,
acompanhamento e salada. Então quando chega o fim de semana em que Isadorinha
está comigo e eu esqueço de ir ao mercado [e dá uma preguicinha de sair no
sábado pra enfrentar fila, estacionamento, flanelinha e calor], a criatividade
tem que falar mais alto.
Atum em lata – prefiro o light, fato – é algo que raramente
falta aqui em casa. Numa passada rápida durante a semana no GBarbex alcancei
uma lata de milho para qualquer improviso destes e azeitonas para Dorinha =}.
Tomates, na mesma leva, vieram em par. Uma cebola na caixa de temperos e os
ovos na geladeira renderiam algo substancial e gostoso.
Omelete? Fritada? Salada? Torta de liquidificador. Tenho
preconceito, confesso! Mas algumas são irresistíveis de deliciosas! Tento
alcançar essa linha rsrsrsrs. Fui em busca de uma receita na internet. A
receita pedia duas latas de atum, mas eu só tinha uma. Preferi acrescentar o
milho a procurar outra receita =P.
A forma também era menor que a sugerida, então reduzi um
pouco de cada ingrediente para fazer menos massa. Nessa hora, admito que não
sou precisa. Faço as proporções na cabeça, reduzo tudo à metade ou a dois
terços, compenso um pouco menos de azeite com um ovo maior, e no final {quase
sempre} acaba dando certo.
Massa de liquidificador é a cara da praticidade. Tudo no
copo de uma vez só. Tudo batido. E pronto. O recheio também não tem muito
segredo. Só um! Refogar a cebola picada – azeite ou manteiga – antes de
misturar ao restante dos ingredientes. Aliás, dois segredos.. Os tomates devem
ser utilizados sem sementes e sem pele. Esses dois detalhes fazem bastante
diferença! Com o milho, a azeitona e o atum, a única preocupação é escorrê-los bem.
Tudo misturado num bowl, sal e pimenta, e o recheio tá pronto.
Na forma untada e enfarinhada, metade da massa – que é bem
líquida – compõe a base da torta. Eu inclino a forma até a massa besuntar
também as laterais. O recheio vem logo em seguida e o restante da massa cobre
tudo. Em forno médio é pedir demais que eu saiba quanto tempo ela ficou por lá
até assar. Não costumo contar, vou no olhômetro. Nessa hora é bom conhecer bem
o forno utilizado.
O resultado ficou excelente. Não sei se pelo adiantado da
hora do almoço {três da tarde!} ou se porque estava gostosa mesmo, Isadorinha e
eu devoramos mais da metade da torta super felizes =}. O pedaço que restou foi
para a geladeira e será saboreado devidamente gelado agora, no nosso café da manhã =}.
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