domingo, 30 de outubro de 2011

Pollo al ajillo e couscous com ervas


Mais um domingo cheio aqui em casa. Logo no início da manhã recebi a equipe da TV Sergipe, que gravou o modo de preparo do bolo de especiarias para o quadro de culinária de um telejornal. Assim que terminou a gravação voltei à cozinha para preparar um almocinho especial para convidados super queridos.

No menu do dia frango ao alho e couscous marroquino com ervas. Aproveitei uma macaxeira cozida para fazer um purê e servi ainda arroz com alho-poró e salada verde com tomate. Retirei as receitas principais de livros. A primeira da edição sobre a Argentina da coleção Cozinha do Mundo da Abril Coleções, e a segunda do "O mundo da cozinha", do Gordon Ramsay.

Todos os pratos são de preparo rápido e têm sabor especial. O frango recebe a mistura de tomilho, orégano, alecrim, louro, páprica e muito alho. Tudo refogado no azeite. A carne ainda leva vinho branco e caldo de legumes (caseiro, please!).

Para o couscous: salsinha, cebolinha, hortelã, coentro e limão, além de sal e pimenta e mais caldo de legumes. Leve, aromático, acompanhamento para vários pratos. O bolo da reportagem foi nossa sobremesa! Fechamos bem o fim de semana por aqui =).

esse caldinho por cima do couscous é uma maravilha!!

tirei a receita do couscous de um livro do Gordon Ramsay

saladinha básica não pode faltar

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quiche de bacalhau


Estou em fase de experimentações, montando o cardápio da Casa da Gabriela. Pensando em sabores, texturas, significados, custos. Aproveito as refeições obrigatórias para testar as ideias que aparecem. No almoço de hoje repeti a massa que já tinha preparado para uma Quiche Lorraine do aniversário de um tio. A variação foi no recheio.

Fui ao supermercado em busca de champignon e peito de peru defumado. Acho que combinam bem com o creme da quiche. Encontrei o champignon, mas o peito de peru estava terrível no lugar onde fui. Avistei umas lascas de bacalhau e mudei de ideia na hora.

O recheio da Lorraine é leve e marcante ao mesmo tempo. A mistura dos ovos com o creme de leite dá a leveza que é complementada pela ênfase do bacon. Eu adoro! Como o bacalhau também tem um sabor predominante, foi só colocá-lo no lugar do bacon. O resultado foi excelente. Ponto para a Casa da Gabriela =).

Servi apenas com uma salada de agrião, alface roxa e tomate cereja. Excelente pedida para qualquer refeição ou lanche.

Quiche de bacalhau
Massa
125g de manteiga gelada cortada em cubos
250g de farinha de trigo
1 colher de café de sal
1 ovo
3 colheres de sopa de água gelada

Misture a farinha com a manteiga e o sal. Transforme numa farofa. Acrescente o ovo e a água e misture rapidamente até formar uma bola. Reserve envolvida num filme plástico por 30 minutos na geladeira. Cubra uma forma de fundo removível, fure a base e leve ao forno a 200oC por 15 minutos.

Recheio
250g de bacalhau desfiado dessalgado
4 ovos
300g de creme de leite
pimenta-do-reino e noz-moscada
1 colher de sopa de azeite

Refogue o bacalhau no azeite e cubra a base da torta já pré-assada. Misture os ovos e o creme de leite e tempere e despeje sobre o bacalhau. Leve ao forno a 220oC por 30 minutos. Facinho, né não!? Experimente!

domingo, 23 de outubro de 2011

Pique de fim de semana


Este está sendo um fim de semana com um ótimo pique. Desde a quinta estou na cozinha preparando bolos e tortas para encomenda. As de ontem foi para o aniversário de um coroa super-gente-boa, pai do amigo carioca do meu marido. A família toda é divertida e a noite foi tão agradável que marcamos de continuar o níver do “pobre velhinho” (piada interna! rsrs) hoje à noite. Para retribuir a simpatia, preparei uma torta de limão siciliano que vai acompanhar uma pizza caseira oferecida pelos anfitriões.

Envolvida com a preparação dos doces, deixei o almoço por conta do Dani. Excelente ideia! Ontem tivemos churrasco para dois. Lingüiça, contra-filé e Jesus-te-ama, tudo de bom =). No menu deste domingo lindo de azul: pernil assado e salada de ervilha, tomate e palmito para acompanhar. Temperado só com alho, sal e limão siciliano, o assado perfumou a casa, ficou lindo e delicioso!

Tudo o que temos feito no forno elétrico fica mais gostoso e apetitoso. Tanto doces como salgados, carnes, tortas. Meu forno é um pouco maior que a média, mas um de 42 litros já é o bastante para quem não usa assadeiras muito grandes. A resistência que fica em cima e que faz as vezes de um grill é a responsável pela cor viva das preparações. Para quem gosta de cozinhar e comer este é um investimento que vale a pena.




sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Escondidinho

 
Esta semana preparei uma maminha com alho e alecrim no forno. Furei toda a carne e temperei com bastante alho amassado, sal, azeite e um galho de alecrim. Depois de meia hora, levei-a ao forno médio-alto coberta com papel alumínio por cerca de 40 minutos, mais 10 minutos sem o papel (meu forno é elétrico, num forno convencional pode demorar um pouco mais). Ficou suculenta e muito saborosa! Mas a peça era muito grande e congelei o que sobrou já fatiado. Para o almoço de hoje eu não tinha muita opção, apenas mandioca, queijo parmesão e a bendita carne. Pensei na mesma hora num escondidinho bem cremoso.

O preparo não é complicado, mas uma panela de pressão faz toda a diferença, pois agiliza o cozimento da mandioca. Não posso mensurar nada aqui porque fiz tudo de olho.. Enquanto o tubérculo cozinhava (detesto repetir palavras =), descongelei a carne diretamente numa panela. Como ela estava toda em fatias finas foi tranqüilo. Transformei as fatias em cubinhos prontos para o recheio.

Com a macaxeira bem macia e ainda quente, depois de um tempo que também não sei dizer qual, amasse com um garfo e vá acrescentando manteiga e leite aos poucos, até chegar na consistência de sua preferência. Eu gosto bem cremosa, como um purê. Uma dica, que parece óbvia, é cozinhar o aipim (não gosto mesmo de repetir palavras! rsrs) em pedaços pequenos para ser mais rápido e cozinhá-la por inteiro.

Disponha metade do purê numa travessa, coloque o recheio – que pode ser frango, linguiça, bacon, atum, milho para os naturebas –, disponha a outra metade e cubra com bastante queijo ralado. Pode-se usar vários tipos, como mussarela e até de qualho, mas acho o parmesão perfeito para gratinar. Levei ao forno médio-alto sem cobrir com papel alumínio até ficar douradinho. Deixe descansar uns dez minutos antes de servir. Estou com água na boca só de escrever.. Bom apetite!


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pudim sem leite condensado


Adoro pudim de leite. Tem a ver com meu pai, churrascos, já contei por aqui. Há alguns dias fiquei curiosa com algumas receitas que a Dirlene D'Addio (@ddaddio) tuitou que dispensam o leite condensado. Ou seja, tradicionais =).

Pero, pequei no detalhe principal.. não usei a fava de baunilha no leite. Só tinha essência em casa, e em Aracaju não é tão fácil de encontrar fava de baunilha. Até hoje só encontrei em uma padaria, e não era lá essas coisa. Enfim, foi com essência mesmo.

Para minha alegria o resultado foi ótimo. Mas tenho certeza de que com a fava ficará muito mais gostoso. Ainda vou prepará-la do jeito certo….

não precisa de liquidificador, o fouet basta =)
fiz nas forminhas para ficar mais charmoso...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Chef top… model


Dias felizes e agitados. Depois das apresentações do Almanque, com a Stultífera Navis, voltei à Casa Rua da Cultura e encarei as passarelas. Minha amiga querida Ana Badyally, estilista e criadora da grife Comigo Ninguém Pode, me convidou para incorporar a modelo e vestir as roupas que ela desenhou para a coleção Waly, o daki. Amei! E além de desfilar, preparei as comidinhas que foram servidas no camarim para modelos, produção e convidados. Eu tô chique!

Para aguçar os sentidos, experimentei uma receita que achei no site da Sadia. Um bolo com açúcar mascavo, canela, cravo e gengibre… quer mais aroma e sabor? Glacê de limão! E para saciar o desejo louco por delícias depois de tanta adrenalina, um bolo fudge. Maravilha!

Bolo alemão com glacê de limão
O fudge nada mais é que massa de chocolate com cobertura de chocolate. Bem intenso, generoso, marcante. Use sempre chocolate meio amargo de boa qualidade em ganaches e coberturas. O mesmo vale para o crème de leite – e tudo mais que for usar. Qualidade faz toda a diferença.

O bolo de especiarias também é muito fácil de fazer. A mistura crua é um tanto densa, mas acredite, o resultado será excelente, uma massa macia e sequinha sairá do forno depois de assada. Aprecie os aromas e sabores.. Divirta-se!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Trança quentinha


Falando com minha amiga Angelita sobre os salgados que estou testando para servir na Casa da Gabriela, ela me sugeriu aproveitar a massa da esfirra para fazer tranças recheadas. Decidi experimentar e o resultado foi mediano. Ficou bem saboroso, mas com o recheio desproporcional. Muita massa… mas com observação e prática conseguirei equilibrar isso.

De qualquer forma, a massa é excelente para as esfirras e pode render boas tranças e roscas =) Vamos à ela:

1kg de farinha de trigo
1 colher de sobremesa de sal
2 colheres de sobremesa de açúcar
½ copo de óleo de milho ou canola
½ litro de água morna
1 envelope de fermento biológico seco

Misture a farinha e o fermento, acrescente a água morna, o óleo, o sal e o açúcar e amasse até a massa soltar dos dedos. Modele da forma que quiser. Para as esfirras o tempo de descanso é apenas o intervalo entre a primeira e a última bolinha. Quando fizer o último montinho comece a rechear o primeiro. Já para uma trança ou rosca, deixe-a descansar já modelada por 30 minutos. Pincele com gema e açúcar e leve ao fogo médio-alto até dourar.

No recheio desta trança usei peito de peru defumado, queijo mussarela, cebolinha, salsinha, manjericão e tomate sem pele e sem semente. Não sei dizer a quantidade ideal de recheio, mil desculpas. Minha proporção não foi boa. Mas o bacana é que dá para preparar com vários tipos de recheio.

Experimente inovar no café da manhã em um fim de semana, quando a turma acorda mais tarde. Em uma hora e meia você terá uma delícia quentinha para começar bem o dia!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jantarzinho de segunda (no bom sentido, claro =)


Depois de um fim de semana inteiro na cozinha, parece que meu folêgo aumentou! Não preparei café da manhã, almocei no Caçarola e acabei com saudades do meu fogão rsrs.. Para compensar, um jantarzinho daqui, ó!!

Berinjela, abobrinha, tomate sem pele e sem semente, pimentão verde sem semente, cebola e alho, tudo cortado em cubos. Para temperar: sal, pimenta e manjericão. E de repente um ratatouille fresquinho para acompanhar uma picanha braseada... o negócio por aqui foi bom hoje!

Para o ratatouille, refogue uma cebola e dois dentes de alho no azeite; acrescente o pimentão, em seguida a berinjela e a abobrinha. Mexa para não pegar no fundo, mas com delicadeza para não desmanchar a berinjela, que cozida fica muito tenra. Após cerca de 10 minutos (observe a textura, deve ser al dente) acrescente os tomates, incorpore tudo e tempere com o sal, a pimenta e as folhas de manjericão fresco – faz toda a diferença e é fácil de encontrar no supermercado. Deixe descansar 5 minutos antes de servir.

A picanha só precisa de sal, pimenta e uma pitada de farinha de trigo. Usei peças que já vêm fatiadas, próprias para churrasco. Salpique sal, pimenta moída na hora (uso um mix de pimenta-rosa, pimenta-da-Jamaica, pimenta-do-reino e pimenta-branca) e um pouco de farinha de trigo, pouco mesmo. Numa frigideira já quente coloque duas colheres de sopa de óleo e uma de manteiga sem sal. Espere a gordura aquecer e deite as peças em fogo alto.

Para selar bem a carne e não perder os sucos deixe cada lado dourar bastante. Não fique virando, tenha paciência =) As peças grossas são ideais para serem servidas malpassadas ou ao ponto, mas se preferir tire-as quando estiverem ao ponto, fatie e retorne-as ao fogo para ficarem bem passadas.

A protuberância do sabor da carne na manteiga casou perfeitamente com a sobriedade do ratatouille (sobriedade!? o.O). A diferença de texturas (sempre digo) é um dos pontos altos também. Simples, rápido e delicioso. Um jantar para fechar bem a segunda-feira.

Esfirras divinas


Ventos muito bons têm soprado na Casa da Gabriela. Até as preparações saem mais gostosas, como as esfirras que preparei para o aniversário da minha mocinha banguela =)

Acho engraçadas as coincidências da vida.. Enquanto estava em São Paulo me bateu uma vontade louca de comer esfirra de carne, somente no último dia de curso encontrei, mas o atendente me serviu a de frango por engano, com pressa não voltei para trocar =/ Mas no dia seguinte elas estavam lá em Jundiaí, e acompanhadas de ótimas lembranças!

A receita é de uma pessoa muito especial, Beatriz, uma grande amiga da minha mãe. Estive lá para visitar algumas amigas, e na casa da Vivian, filha da Beatriz, fui recepcionada com muito carinho e duas travessas de esfirras fresquinhas.

É difícil encontrar esfirras perfeitas nas lanchonetes por aqui. Às vezes o recheio é bom, mas a massa quase sempre deixa a desejar. E quando a massa é boa.. o recheio não é. Mas encontrei a solução para meu desejo, pedi a receita. Além de poder comer quando quiser, vou praticar bastante até ficar craque e poder servi-las na Casa da Gabriela.

Para alegria dos amigos, preciso de cobaias, e para minha felicidade a primeira fornada já foi aprovada =) Os sabores: carne com azeitona e dois queijos com manjericão. Confesso que também gostei bastante. Ainda não estão iguais às da Beatriz, mas nem tenho essa pretensão, a mão de cada cozinheiro tem um tempero especial, uma identidade, e é mais uma desculpa para visitá-las mais vezes!

domingo, 2 de outubro de 2011

Texturas


Os últimos dias têm sido corridos aqui em casa. Minha aventura no teatro me tomou algumas tardes e noites e acabei produzindo pouco na cozinha. Nem consegui fotografar umas tartaletes que preparei na semana passada. Mas hoje fiz questão de registrar a mistura de cores e texturas desse bolo.

A massa leva cenoura e coco ralados, abacaxi picado, amêndoas, iogurte, baunilha, canela e o básico: farinha, ovos, açúcar e óleo. Amo massas heterogêneas, porém harmônicas. E sentir um sabor diferente a cada mordida também é uma delícia.

Bom, eu preparei este bolo de acordo com uma receita pronta, mas essa miscelânea pode ser criada a partir de inúmeras fórmulas. Aquele bolinho de baunilha pode ganhar nozes, passas, coco, pedaços de fruta. É aí que entra a criatividade =) O detalhe é equilibrar os ingredientes.

Para alcançar essa sensibilidade é preciso muita prática. Já confidenciei que esta é minha meta: cozinhar muito a ponto de reconhecer ingredientes que combinam entre si, o que pode substituir o que numa preparação, saber o que cada elemento provoca na evolução do preparo, prever o resultado final. Acho que estou no caminho...

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