sábado, 28 de maio de 2011

Torta de aspargos e queijos

Sempre gostei de programas de culinária. Sou da época da Cozinha Maravilhosa de Ofélia. Na verdade eu era criança naquele tempo, mas já assistia à simpática senhorinha e sua ajudante, Maria, ao lado da minha mãe.

Com o tempo, pipocaram novos programas em vários canais com receitas sendo executadas para a querida telespectadora. Mas nenhum como o da Ofélia. Há alguns anos, com o acesso à TV fechada, descobri programas deliciosos de comida.

Minha favorita é a Nigella Lawson, uma inglesa gulosa e criativa, que cozinha e come sem culpa preparações de todo o tipo, reconfortantes, práticas, clássicas etc. Também gosto muito do francês radicado no Brasil Olivier Anquier, mas queria que ele mostrasse mais sobre panificação e confeitaria em seus programas.

O inglês Gordon Ramsay também está entre meus favoritos. Além de um reality show de chefs de cozinha que ele comandava ‘diabolicamente’, apresentou algumas temporadas de um programa que reerguia restaurantes à beira da falência – é bom aprender o certo observando o errado.

E ainda tem o Jamie Oliver, conterrâneo do Gordon e da Nigella. Não sei por que, mas não simpatizo tanto com ele. Não consigo comprar livros dele! No entanto, esta semana, quando vi feixes de aspargos no mercado – uma raridade por aqui – pensei imediatamente nele. Ou melhor, numa torta que ele havia feito.

Não lembrava exatamente da receita, mas sabia que era simples. Quando recorri ao meu amigo Google achei vário blogs e site que reproduzem a famosa torta de aspargos do Jamie Oliver. Decidi, como sempre, modificar alguma coisa da receita. Substitui a massa filó por massa podre e os tipos de queijo.

Muito parecida com uma quiche a torta ficou bonita, com uma boa textura, mas nada de explosão de sabores. Achei que o aspargo fosse mais saboroso e que o creme, por ser de queijo, batata e creme de leite, ficaria muito bom também.

antes
e depois

Mesmo temperando com noz-moscada, sal e pimenta, errei a mão, acabou ficando insosso. De qualquer forma serve como acompanhamento para uma bela peça de filé braseado. E os aspargos podem, ainda, ser substituídos. Espinafre e bacon. Que tal? Hmm, vou experimentar! =)

Recheio:
500g de batata cozida
1 feixe de aspargos branqueados
100g de queijo gruyere ralado
100g de queijo minas padrão ralado
sal, pimenta, noz-moscada
200 ml de creme de leite
3 ovos

Misture a batata cozida e amassada aos queijos ralados. Incorpore os ovos e o creme de leite, ligeiramente batidos anteriormente. Tempere com sal, pimenta e noz-moscada. Despeje sobre a massa pré-assada. Por cima do creme disponha os aspargos já branqueados. Leve ao forno pré-aquecido a 200o C por 30 minutos, ou até dourar. Deixe descansar alguns minutos antes de servir.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Bolo de chocolate e anis


Ilhada como a maioria dos aracajuanos nesta terça-feira chuvosa, queria preparar um bolo ou uma torta, algo substancioso. A despensa em baixa, nenhum doce pronto para matar o tédio de ficar presa em casa e sem poder ir ao supermercado para comprar farinha de trigo! Um segundo de desespero.. até lembrar que já havia feito num curso um bolo de chocolate bem gostoso sem farinha. Ponto pra mim =) !

Usei a última barrinha de 50g de chocolate meio amargo da casa; mais uma pequena vitória. Além de não levar farinha, outra coisa boa desta receita é que só é preciso bater as claras na batedeira; o restante vai na mão mesmo.

Para começar, a manteiga e o chocolate picado vão ao banho-maria. O chocolate em pó deve ser peneirado sobre a mistura já líquida e envolvido com a ajuda de um fouet. Em seguida, entram as gemas e a metade do açúcar branqueados. Delicadamente, o amido também é peneirado e incorporado. Esta massa linda e brilhante deve ser misturada ao merengue – claras em neve e a outra metade de açúcar batidos na batedeira.

Numa forma untada a mistura vai ao forno baixo – 170o C – até assar completamente. Faça o teste do palito; não tem erro.

Sem mais chocolate em barra precisava de uma calda saborosa que levasse apenas chocolate em pó. Pensei no perfume do anis-estrelado e na textura do creme de leite e fui fazendo. Geralmente não meço nada, vou no olhômetro, mas desta vez anotei tudo para disponibilizar direitinho aqui. Ficou deliciosa.

Todo o conjunto ficou delicioso! A textura ótima da massa e o sabor curioso da calda transformaram a noitinha de todos aqui em casa. Fiquei bem satisfeita =) Experimente! É fácil e compensador (rs).

Massa
50g de chocolate meio amargo
50g de chocolate em pó
Nada de farinha na massa
125g de manteiga sem sal
100g de açúcar
2 gemas grandes ou 3 pequenas
50g de amido de milho
125g de claras

Calda
100ml de leite
2 colheres (de sopa) bem cheias de chocolate em pó
2 colheres (de sopa) rasas de açúcar
2 anises-estrelados quebrados
100ml de creme de leite

Leve o leite, o chocolate, o açúcar e os anises-estrelados ao fogo baixo e deixe reduzir à metade mexendo de vez em quando. Acrescente o creme de leite e apague o fogo. Peneire e empregue no bolo.
 

Isadora adorou!

domingo, 22 de maio de 2011

Torta alsaciana de ameixa



Fui intimada aqui em casa a fazer uma torta de ameixa para o fim de semana. Enrolei o sábado todo e só fiz a massa. Hoje pela manhã fui continuar a preparação, mas descobri que ela não poderia ter ficado tanto tempo na geladeira. Estava dura, e quando foi perdendo o frio perdeu também a textura. Preferi começar do zero.

E já que era para fazer o novo, decidi mudar de receita. Abri meu mais recente livro de cabeceira, Sobremesas e suas técnicas – Le Cordon Bleu, em busca de um creme diferente para o recheio, e acabei encontrando a torta alsaciana de ameixa.

Para a base uma patê sucrée; custard no recheio e ameixa flambada como cobertura. Mesmo com a massa levemente adocicada e um creme que leva açúcar, este não é um doce enjoativo. Ao contrário, é daqueles acompanhamentos ideais para um chá. Excelente para quem gosta do doce mais sutil.

Se a falta de doce for realmente um problema, lance mão de um coringa: sorvete de creme. Aí, um belo suco de uva verde seria perfeito para acompanhar!

Patê sucrée
Substitui as amêndoas por castanha-do-pará
200g de farinha de trigo
100g de manteiga sem sal
40g de açúcar
2 gemas
¼ de colher de chá de essência de baunilha.

Misture a farinha e a manteiga com a ponta dos dedos até formar uma farofa. Acrescente o açúcar. Incorpore as gemas levemente batidas com a baunilha. Forme a massa e faça uma bola. Reserve por 30 minutos na geladeira.
Abra com um rolo e forre uma forma de 23cm de diâmetro. Faça furos no fundo e asse a 200o C por 10 a 15 minutos, até ficar firme.

Custard
2 ovos
60g de açúcar
60g de creme de leite
60g de leite

Bata os ovos e o açúcar. Junte os líquidos.

Cobertura
400g de ameixas cortadas ao meio e sem caroço
30g de manteiga sem sal
2 colheres de conhaque

Frite as ameixas na manteiga. Junte o conhaque e flambe as frutas. 

Montagem
Arrume as ameixas flambadas e a calda na massa pré-assada. Despeje o custard sobre elas e leve ao forno a 170o C por 20 minutos. Salpique 5g de amêndoas fatiadas e volte ao forno por mais 10 minutos.

PS: O livro recomenda a metade deste tempo, mas achei o custard muito líquido para o paladar do meu comensal. Observe o doce na metade do processo e fique à vontade para retirar a torta com 15 minutos de forno, se preferir.

Brigadeiros do Gabriel


Essa é a terceira vez que faço brigadeiro de enrolar. Sou tão ansiosa que nunca esperava chegar ao ponto certo. Achava até que minha receita estava errada, mas só o que faltava era mais tempo no fogo. Nem por isso deixava de fazer brigadeiro de colher, que também é maravilhoso e acaba numas cinco visitas seguidas à geladeira.

Agora os tempos são outros e eu me senti obrigada a fazer brigadeiro como o de todo mundo. Mentira! Gosto de ser diferente, então no meu brigadeiro, além do leite condensado e do chocolate em pó, vai creme de leite. O único problema é a textura, um pouco menos firme.

Para vencer meu próprio desafio fui persistente na preparação. Sempre soube que o ponto era quando a colher abrisse caminho – quando se arrasta a colher e dá pra ver o fundo da panela enquanto o doce volta ao lugar. Mas isso eu já fazia. A questão é que a passagem era de gente apressada, como eu. Desta vez, Moisés podia trazer uma galera, que os paredões de brigadeiro estavam lá, seguros.

Fiquei super orgulhosa. Acho lindos massas e cremes lisos, brilhantes. Mesmo assim interferi na textura com o creme de leite adicionado à mistura morna. Não uso granulado, prefiro o próprio chocolate em pó, o que não ajuda a aumentar a firmeza do docinho.. Mas como esses eram para o níver do meu afilhado [Gabriel] resolvi usar confeitos coloridos também =) Ficaram lindinhos!

Brigadeiro - rende 50 unidades
2 latas de leite condensado
4 colheres de sopa de chocolate em pó
Cerca de 100 ml de creme de leite (depende da textura que quiser)

Leve o leite condensado e o chocolate ao fogo baixo mexendo sempre até “abrir caminho”. Retire do fogo. Quando estiver morno acrescente o creme de leite e misture bem. Leve à geladeira para esfriar. Enrole e passe no chocolate em pó ou no granulado. Coma sem culpa! Faz toda a diferença =]

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tarte Tatin


Eu volteeei, a go ra pra fi caar. Pooorqueaqui, aqui é o meeu lugar”. Adoro o Rei! Nossa! ...Enfim, depois de um bloqueio criativo e hábil (o que inclui outra charlote de banana fracassada), consegui trazer uma tarte tatin para minha Casa. E não poderia ser uma receita mais perfeita que a desta, um tanto inusitada, torta criada por duas irmãs francesas.

As versões sobre a criação da tal sobremesa exaltam mais a criatividade que a habilidades das inventoras, mas nunca duvidaria do talento das irmãs Tatin. Uma busca simples no Google e a história do doce quase sempre acompanha os ingredientes e o modo de fazer. No mínimo as tortinhas invertidas de maçã – para ser bem específica – feitas por elas deviam ser maravilhosas.

E o que conta a história? A principal versão é de que foi um acidente! A massa teve que ser assada sobre as maçãs carameladas pois as frutas haviam sido colocadas diretamente na forma por distração (!?). Era, e é ainda, servida invertida e quente. Não dá para saber o que é real, mas o sabor é fácil de descobrir. Preparação rápida e de baixo custo.

Tarte Tatin
Massa 

2 xícaras de farinha de trigo
2 colheres de açúcar
1 pitada de sal
3 colheres de sopa de manteiga gelada sem sal
200 ml de creme de leite (pode variar)

Peneire a farinha, o sal e o açúcar e incorpore a manteiga cortada em cubinhos com a ponta dos dedos até formar uma farofa. Vá adicionando o creme de leite até obter uma bola lisa. Reserve envolvida em filme plástico por 30 minutos na geladeira.

Recheio
5 maçãs verdes
1 xícara de açúcar
4 colheres de conhaque
1 colher de manteiga sem sal

Descasque as maçãs, retire os caroços e corte cada metade em 5 fatias. Leve o açúcar ao fogo baixo até começar a caramelizar. Acrescente as maçãs e a manteiga e mexa enquanto cozinha por alguns minutos. Coloque o conhaque e deixe cozinhar mais um pouco.

Disponha as maçãs em uma forma de 26 cm de diâmetro – lembre-se de que esta será a parte de cima da torta. Despeje um pouco da calda sobre as frutas e cubra com a massa, que foi aberta com o auxílio de um rolo de macarrão. Corte o excesso e leve ao forno pré-aquecido a 205 graus C por cerca de 40 minutos. Experimente quente com uma bola de sorvete de creme como acompanhamento.

PS: Fiz a torta por impulso e estava desprevenida quanto ao sorvete. sorry!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Massa pronta, tudo pronto!


E vivam as facilidades da vida moderna! Batedeira a gente já tem. Liquidificador; processador; descascadores, facas e fornos elétricos variados, tudo isso ajuda qualquer cozinheiro. Mas para o dia a dia de casa existem outros elementos que só surgiram há pouco tempo nas prateleiras dos mercados. Estou falando de comida pré-pronta.

Sou super a favor de ingredientes e preparações que nos ajudam a queimar etapas na cozinha. Adoro comida caseira, roots, artesanal, o sabor é inimitável. Nem discuto. Mas dona de casa precisa é de facilidade. Aliás, qualquer pessoa que precise cozinhar em pouco tempo e goste de tudo bem feito e saboroso adora praticidade.

Mesmo sem o gostinho dos quitutes da vovó, existem massas prontas que ajudam muito na hora de impressionar os comensais. Para receber amigos não dá mais para oferecer aquela bandeja de salgadinhos frios, cheios de gordura e que dão azia. Patês e torradas podem salvar a sua vida, mas uma gracinha diferente pode te render medalhas ao mérito rsrs.

Hoje minha ode é à massa de pastel de forno. Prática, só precisa do recheio. Fugi do queijo, do frango e da carne moída. Escolhi o bacalhau. Um refogado com azeite, alho, cebola, tomate, azeitona preta e cheiro verde e pronto. Com a massa fininha e bem temperada, bastaram alguns minutos no forno (bem mais que o sugerido na embalagem).

Além de agradar os convidados da noite ainda alegrou o recreio da Dorinha no dia seguinte. Experimente. Bom apetite! =)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bolo de chocolate branco

Aqui está um doce que desperta amor e ódio. Chocolate branco. Tem gente que diz que nem chocolate é. Bom, vem do cacau, logo, eu sou dos que concordam que é chocolate sim; e adoro. E não sou a única aqui de casa. Isadorinha ama!

Não me lembro onde achei essa receita, fiz uma busca rápida pela internê agora, mas não encontrei. Havia anotado em meu caderninho, pois o chocolate compõe a massa, o recheio e a cobertura. Overdose de chocolate branco?? Não para Dorinha!

No momento de acrescentar as claras em neve à massa fiquei com um medinho. Por causa do chocolate branco essa é mais trabalhosa que uma massa tradicional, a estrutura é mais resistente. Mas com jeitinho tudo ficou homogêneo.



Com a massa quase assada comecei a fazer o recheio. Super simples. Derreter uma barra de Laka picado em banho-maria e acrescentar, fora do fogo, creme de leite e amêndoas torradas e moídas – usei castanha de caju. 

Agora com a massa já fria, outra moleza, a cobertura. Também em banho-maria desta vez derrete-se tudo junto: laka, leite e manteiga. Até ficar liso e brilhante. A cobertura deve ser espalhada sobre todo o bolo já recheado, mas, atenção, sem alisar!

Confesso que tive um pouco de receio de fazer o bolo, achei que ficaria muito doce. Ficou uma delícia. A castanha equilibra o recheio, a massa fica no ponto e cobertura é cobertura, né!? Tem que ser docinha =) Experimente!

Ingredientes
Massa
1 colher de fermento químico
½ xícara de leite
1 tablete de 170g de Laka
4 ovos
½ xícara de açúcar
2 colheres de manteiga
2 xícaras de farinha de trigo

Modo de fazer
Unte e enfarinhe uma forma de 23 cm de diâmetro e reserve. Leve o leite com o chocolate picado ao fogo médio e mexa até derreter. Bata as gemas e o açúcar na batedeira até formar um creme claro e fofo. Sem parar de bater, junte a manteiga. Acrescente aos poucos a mistura de leite e Laka. Junte a farinha com o fermento e misture bem. Bata as claras em neve e acrescente delicadamente à mistura fora da batedeira. Despeje a mistura na forma e asse em forno pré-aquecido a 180 graus por 40 minutos.

Recheio
2 tabletes de 170g de Laka
5 colheres de creme de leite
1 xícara de amêndoas sem pele, torradas e picadas

Cobertura
1 tablete de 170g de Laka
1 e ½ colher de manteiga
7 colheres de leite

(As colheres são das de sopa e as xícaras, das de chá)


minha garota-propaganda aprovou!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pãozinho doce na Atalaia

Hoje à tarde fui dar umas voltas na Atalaia em busca de um lugar para minha confeitaria – ainda está só na cabeça, mas já é minha =]. Fico passeando pelas ruas observando as casas, pensando nos caminhos, nos vizinhos. Enfim, dando uma volta.

Fui até uma padaria que já havia visto antes para saber como era o pão de lá. Tem uma fachada bonitinha, mas dentro causa surpresa na primeira visita. É muito mais um mercadinho que qualquer coisa. Mas as padarias hoje em dia vendem de tudo, até sabão em pó! Então fiquei procurando, olhei por entres as gôndolas, mas nada de pão.

– Boa tarde! Tem pão? 
– Chega já, foram buscar.

Oi? Acho tão estranho uma padaria não fabricar seu próprio pão (!). Como não gosto de me sentir frustrada, fui procurar outra padoca. Também me surpreendi assim que entrei. Uma variedade de pães, todos bonitos, com cara de macios. Aposto que sorri diferente naquele momento (rs).

Pães salgados, doces, trançadinhos, com chocolate na massa, recheados. E o mais importante, apetitosos. Não havia atendente no salão, os pãezinhos estavam lá, sorrindo e se vendendo sozinhos.

Outro detalhe que achei super interessante foi que o pão francês estava dividido em dois cestos. Um para os mais escurinhos e outro para os branquinhos. Sensacional! Nêgo não precisa mais ficar cutucando tudo em busca dos favoritos.

Como estou me policiando para não comer coisa demais de uma só vez, escolhi para acompanhar os pães franceses (mais clarinhos) apenas alguns pãezinhos cobertos com calda e coco ralado; fofos. Saí e nem consegui ligar o carro. A primeira coisa foi avançar na sacolinha para experimentar o bendito pãozinho.

É tão bom ter as expectativas atendidas... supermacio! E com a surpresa-mor da tarde: recheio de goiabada. Inesperadamente doce, e na medida. Mais um sorriso bobo, certeza! Comi mais uns dois no caminho de casa enquanto tentava imaginar a reação da Isadora quando experimentasse. E como coração de mãe não se engana:

– Mãe, tem mais desse pãozinho? Porque eu adorei!

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