quinta-feira, 31 de março de 2011

Cachorro-quente pra Dorinha

aprovado por Dorinha
Numa faculdade de Gastronomia não se aprende somente a cozinhar, aliás, no início é o que menos se faz! Um gastrônomo, ou gastrólogo, além de saber chefiar uma cozinha e preparar delícias, deve ser capaz de conduzir um empreendimento de alimentação. E isso inclui montar fichas técnicas.

Para praticar um pouco, decidi aplicar a teoria das aulas de Nutrição e Química dos Alimentos num cachorro-quente especial para Dorinha. E, permita-me, vou compartilhar a tal tabelinha – um pouco reduzida – aqui =)

Cachorro-quente pra Dorinha
Rendimento
: 6 porções
Tempo de preparo: 20 minutos ao som de Omara Portuondo =)

Alimento
Quantidade
Peso kg
Preço Unitário R$
Pão francês
6
0,300
1,92
Salsicha
6
0,187
1,87
Tomate
2
0,362
0,71
Cebola
1
0,100
0,20
Milho                     
6 porções
0,100
0,90
Batata palha
6 porções
0,070
2,10
Sal e azeite
Quanto baste
------
0,30
Preço total: R$ 8,00
Preço unitário
: R$ 1,33

No meio do caminho há outros dados, como peso bruto per capta, unidade, fator de correção e o escambau, mas o que importa no final das contas (literalmente) é o valor do custo total e do custo unitário. E vamos ao preparo:
 
Cozinhar as salsichas em água. Enquanto isso, refogar a cebola picada no azeite. Acrescentar os tomates picados sem pele e sem sementes, continuar refogando até que fiquem macios. Se achar muito seco pode acrescentar um pouco de água ou de um fundo de sua preferência. Temperar com sal a gosto e pimenta, se quiser. Juntar as salsichas cozidas. Rechear o pão com uma salsicha, molho, uma porção de milho e uma porção de batata.
 
Aqui em casa não usamos condimentos como catchup e maionese, mas pra quem gosta entendo que seja imprescindível. Logo, fique à vontade e bom apetite!

domingo, 27 de março de 2011

Torta de ameixa


Taí uma coisa gostosa e fácil de preparar: torta de limão! Por muito tempo nem tentava fazer pois achava que a massa era muito trabalhosa. De repente aprendi numa matéria com um casal de atores globais em algum programa tipo vídeo show uma receita super simples. Minha vida mudou =).

Para a massa, apenas bolacha maisena, manteiga e um pouco de açúcar. O restante da receita também era super simples: leite condensado, creme de leite, limão e suspiro. Barbada. E agora, por que não variar o sabor? O resultado seria mais coisa gostosa e fácil de fazer!

Pois bem! Esta semana comprei lindas ameixas pretas e decidi pôr em prática o raciocínio acima. Na verdade, só o que aproveitei da torta de limão foi a massa. Troquei o recheio pois achei que somente leite condensado e creme de leite não ficaria bom, afinal sem o limão a textura não seria a mesma. Já o suspiro camuflaria a beleza da fruta.

Como nunca havia visto uma torta de ameixas frescas fui em busca de um creme que pudesse combinar com o sabor delas. Usei a receita do creme de uma torta de maçã, mas resolvi substituir o açúcar por leite condensado. Com medo de adoçar demais usei menos do que devia. Por sorte as ameixas estavam bem docinhas e tudo combinou bem.

(28/03/2011) A pedido da minha amiga Regina, aqui está a receita:

Massa
200 g de bolacha maisena triturada
100 g de manteiga sem sal amolecida
1 colher de açúcar refinado

Numa tigela misturar a bolacha triturada, a manteiga e o açúcar com a ponta dos dedos até obter uma farofa úmida. Forrar o fundo e os lados de uma forma redonda e assar em forno moderado pré-aquecido por 5 minutos.

Creme (utilizei outra fórmula, mas o resultado, como disse, não foi o esperado, por isso estou disponibilizando essa)
500 ml de leite
1 lata de leite condensado
2 colheres de sopa de amido de milho
Gotas de essência de baunilha

Leve todos os ingredientes ao fogo e mexa até engrossar. Empregue frio na massa já pré-assada.

Cobertura

8 ameixas pretas frescas
Quanto baste de açúcar de confeiteiro

Disponha as ameixas em rodelas, ou no formato que preferir, sobre o creme e leve ao forno moderado por 20 minutos (varia de acordo com o forno).

Bom apetite!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Rocambole de carne com batata

Comida de casa é tudo de bom! Arroz, feijão, salada e rocambole de carne com batata. Sofisticação zero, mas o sabor se equipara a muita iguaria cheia de frescura. Refeição simples e gostosa. O segredo está na dedicação e em bons ingredientes.

Quem disse que só se pode comer bem em restaurantes? Antigamente, antes de eles existirem, somente os reis e a monarquia podiam ser bem servidos à mesa. Boulanger, considerado criador do restaurante, foi preso por ter preparado e servido em seu estabelecimento uma perna de carneiro com molho bechamel! Ainda bem que hoje temos liberdade pra comer bem fora de casa sem perder nossas cabeças =) mas acho que comer bem em casa é ainda mais gostoso!

A receita do rocambole foi resgatada do livro As Melhores Receitas de Claudia que era da minha mãe. Uma das relíquias que guardo com carinho da minha saudosa inspiradora.

comidinha de casa
Rocambole de carne com batata
1 colher (de sopa) de gordura
1 cebola média picada
1 dente de alho pequeno amassado
½ kg de carne bovina moída
1 ovo ligeiramente batido
2 fatias de pão sem a crosta
água
sal a gosto
½ colher (de chá) de orégão (é orégão mesmo, mas usei manjericão desidratado)
pimenta a gosto (usei páprica picante)
2 colheres (de sopa) de farinha de rosca (a de trigo também serve)
2 xícaras de purê de batata temperado
1 colher (de sopa) de salsinha picada

Aqueça o forno. Refogue o alho e a cebola até esta ficar transparente. Transfira para uma vasilha e acrescente a carne moída; incorpore o ovo. Amoleça o pão na água e esprema para retirar o excesso, junte à carne. Adicione sal, pimenta e o orégão e misture bem. Espalhe a mistura num papel impermeável polvilhado de farinha. Faça um retângulo com a carne e distribua o purê por cima. Salpique a salsinha e enrole para formar o rocambole. Asse em forma untada por cerca de 45 minutos ou até que doure. Bom apetite!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pobre, mas limpinha... e gostosa

mortadela bologna ceratti, queijo minas padrão e agrião na baguete
Sempre adorei mortadela. Meu sanduíche preferido: pão francês, uma fatia de queijo e uma fatia fininha de mortadela, sem manteiga, peloamordedeus! Mas nunca curti em outras preparações. E na minha época de criança esse embutido era considerado o mais pobrinho de todos. Comia-se mais presunto, e melhor, salames.

De uns tempos pra cá chefs e gourmets têm utilizado e apreciado cada vez mais essa delicinha em pratos até sofisticados. Mas nada bate os sanduíches tradicionais, com um mega recheio; encabeçados pelo famoso sanduba do mercadão em São Paulo.

Lendo a Revista Menu de fevereiro, lá estava ela, sendo testada por chefs. Dez marcas na berlinda e comentários sobre sabor, cheiro, textura e cor. Minhas notas sempre foram mentais, mas lendo a opinião de especialistas, percebo que meu paladar e olfato serão excelentes aliados nesse caminho gastronômico.

Prefiro as mais clarinhas, e adoro as cheirosas. Dispenso as que deixam um ranço depois de engolida, ou, gastronomicamente falando, de retrogosto desagradável. E também não gosto de morder uma pimenta no meio do caminho, mas as entendo, elas realçam o sabor. Pra deixar o sanduíche perfeito, o pão francês também tem que ser bom. Combinado?

Revista Menu de fevereiro/2011 

segunda-feira, 7 de março de 2011

McDonald’s é McDonald’s

batatas e molho deluxe: muito saborosos


Não resisti. Fui ao McDonald’s em Paris! Havia escutado que os restaurantes da cadeia de lanchonetes americana eram diferentes em cada país e fui conferir. Para minha satisfação, o sabor do pão, do queijo, do hambúrguer e do bacon é exatamente igual ao que é servido no Brasil.

No caso do meu pedido, a única diferença é que na França são servidas, além das fritas tradicionais, batatas deluxe; muito saborosas, vêm acompanhadas de um molho delicioso, nem parece industrializado.

sabor do sanduíche é idêntico ao brasileiro
Logicamente, alguns produtos do Brasil não são servidos em outros países e vice-versa. Mais um detalhe é que os sucos são substituídos por chá gelado na França, mas os refrigerantes, claro, continuam.

Para quem tem medo de arriscar ou está com saudades da comida de ‘casa’ o Mcdonalds é uma excelente saída.

PS: Mas meu conselho em Paris é: arrisque. Vá ao Mcdonald’s somente após provar as delícias que a cidade oferece.

saída para quem não quer arriscar

Dîner et le dessert

jantar magnífico
Finalmente resolvemos fazer uma refeição completa em Paris. Com tanto passeio, em três dias não havíamos parado para jantar ou almoçar direito. Depois de visitar o Museu do Louvre (parte dele!) e o Museu de Rodin num só dia e alimentar o espírito, à noite fomos a um café perto do hotel para abastecer o corpo.

tudo devidamente devorado =)
Vinho branco para começar. Meia garrafa. Pedir a bebida fracionada é muito prático. E para comer, salmão com fritas e omelete com queijo acompanhada de pão e salada. Escolhas excelentes!

É bem verdade que as preparações não levam muito sal, mas os alimentos são muito saborosos, e a apresentação é impecável. O mais simples torna-se especial.

Melhor que um jantar desses, só se a sobremesa for divina. E foi! Crème brûlée. Très bien! Para esta sobremesa, só adjetivos franceses: délicieux, merveilleux, magnifique, incroyable, extraordinaire!

Assim que voltar ao Brasil vou experimentar a receita de um talentoso chef pâtissier francês, Olivier Anquier. Espero começar bem =)

crème brûlèe

sexta-feira, 4 de março de 2011

Pâtisserie et boulangerie

mil folhas
Confeitarias mil. Assim como São Paulo possui uma padaria a cada esquina, em Paris não é diferente com as pâtisseries et boulangeries. Vitrines apetitosas e cheias de variedades convidam a uma parada a cada quarteirão. Até nas estações de metrô lojinhas de guloseimas são uma tentação aos olhos e à boca.

Logo na primeira saída fiquei hipnotizada com uma porção de doces à mostra numa charmosa confeitaria a 30 metros do hotel. Meu primeiro pedido, um fraisier. Divino. Massa tipo pão-de-ló, creme chantili e morango, que empresta o nome em francês ao doce. Delicioso e leve. Nada desses bolos enjoativos, cheios de glacê e essência.E o primeiro passeio, Torre Eiffel. Linda e gelada. O frio mais frio que já passei. Mas o assunto aqui é comida. O lanche antes de voltar ao hotel, num quiosque à beira do Rio Sena, foi 'cachorro', vinho e chocolate, tudo quente e muito saboroso.

doce com apricot
Hoje pela manhã, à procura de uma loja de utensílios de cozinha, paramos para pedir informação e aproveitei para experimentar um lindo doce. Não me recordo o nome da iguaria, mas sei que era feita com apricot – damasco fresco. Com massa de pão doce, crème pâtissière, pedaços da fruta e uma leve camada de gelatina de brilho. Très bien!

'sonho' sem recheio
Voltando de La Defénse, à tarde, uma parada para comprar um lanche na estação de metrô – todos comem andando por aqui. Pedi um tipo de sonho, mas sem recheio e de formato diferente, com frutas cristalizadas macias e açúcar por cima. Desculpe-me ser tão repetitiva, mas... delicioso. O sonho sem recheio mais gostoso que já comi na vida.

bomba de café
Já na Galeries Lafayette comi um croissant de apricot. Diferente dos outros doces, este não teve nada de especial. Para compensar parei na confeitaria perto do hotel e comprei um mil folha e uma éclair (bomba) de café. A bomba estava boa, e o mil folhas, meu deus, que delícia!

É isso, dois dias deliciosos em Paris. Já estou ansiosa pelos próximos. No jantar de hoje vou dar uma chance para os salgados, mas o espaço para la dessert está garantido, claro!

vitrines lindas e convidativas

terça-feira, 1 de março de 2011

Pudim de café com leite






Prestes a viajar para o berço da gastronomia (Tô chique, bem! Vou passar o carnaval em Paris =), não me programei para fazer nada de especial esses dias, por conta dos preparativos. Mas hoje pela manhã o site Receitas.com trazia na capa um lindo pudim de café com leite. Li a receita e percebi que tinha todos os ingredientes. Então resolvi não deixar pra depois.

Adorei a receita porque não vai ao fogo, é refrescante e acho que pode ficar boa com frutas. Assim que retornar de viagem vou experimentar vários sabores diferentes.

Gostei do resultado, mas não pude provar com o chantili. Esse eu não tinha em casa. Substitui pela cereja em calda. Deu pra quebrar o galho. E o visual ficou bem bacana. Experimente!

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